sábado, 7 de novembro de 2015

Sobre a mente tradicional brasileira, a Argentina, e o futuro.



Acordei, comecei a zapear o Facebook e me deparo com a notícia sobre o fim do vestibular na Argentina, e o hábito mais nocivo que tenho, contra o qual eu mais luto, venceu.

Ainda não acredito que eu paro para ler comentários no Facebook, escutar palavras como "meritocracia", argumentos alegando que vestibular tradicional é avaliador de competências, que a Argentina vai parar de evoluir, vou contar uma história sobre 7 anos de faculdade e o quanto muita gente não sabe nada sobre o sistema acadêmico do seu país.

 Consegui ao todo, 4 oportunidades de me formar de forma gratuita no Brasil, duas vezes em faculdades estaduais, e duas me qualificando para o Prouni, para a primeira estudei 6 meses, apenas frequentando as aulas de um cursinho voluntário, depois peguei no livro uma ou duas vezes, como foi possível, a sua meritocracia, que me permitiu passar a vida estudando por prazer, uma memória fora do comum e a assimilação se aprender qualquer coisa em períodos curtos, chamam isso de loteria genética, eu nunca mereci isso mais do que os outros, pelo contrário, sempre me esforcei menos.

 Quanto às competências, bom, das quatro faculdades em que eu passei, comecei três, abandonei todas, pois o vestibular podia garantir que eu teria raciocínio lógico para resolver problemas, que eu conseguiria interpretar qualquer texto, mas não pôde prever que eu não suportaria o trabalho de laboratório, que eu desistiria da ideia de ficar em um escritório 8 horas por dia, que eu não servia para as carreiras prontas.

Universidade restrita não evolui um país, não gera potencial tecnológico, Brasil cobra publicações no meio acadêmico, pouca coisa foi desenvolvida de fato, Brasil quer estampar uma marca pseudointelectual diante da comunidade internacional, eles querem que você publique e ajude a maquiar uma educação engessada, com praticamente nenhuma adaptação a um mundo que muda freneticamente, isso não é evolução.

Quando você apoia uma segregação tão cruel quanto a intelectual, num país que não serve de base quanto à educação de base, você prova o quanto o sistema de vestibular tradicional está equivocado. Ou por não ter aprendido nada dentro dela, ou por não ter tido a oportunidade dentro dela. E peço desculpas por uma declaração tão arrogante.

O que a faculdade te ensina na sala de aula você aprende no Youtube, como acham que me virei sendo uma das alunas que mais faltavam para participar de outras atividades?

O que a faculdade te ensina de verdade está nos corredores, nas quadras esportivas, nas atividades extracurriculares, nas assembleias, na cantina. Ninguém está mais preparado para isso que qualquer outra pessoa, ninguém pode merecer isso, vai além da minha loteria genética ou do seu esforço.

Fazer faculdade pública não te garante sucesso, não fazer faculdade pública não te garante fracasso, a evolução de um país não pode ser medida pontualmente, por termos algumas centenas de gênios e pessoas que estudaram mais de 10 horas por dia dando ao país uma cara que ele não tem.

Obrigada pela inspiração para escrever, e boa sorte com o novo mundo, que eu garanto meus caros, vai tentar engolir vocês.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Sobre as promessas que eu nunca cumpro e as lições que eu finjo que aprendi...

Reza a lenda que eu vou conseguir fazer dois posts no mesmo mês, e como a lenda é forte, que eu vou fazer um último post em 2014!!
É dia 30 e eu estou começando a escrever, vamos ver se consigo essa proeza...

Hoje eu quero tirar a máscara, todas as máscaras!




EU NÃO CUMPRO PROMESSAS!
Sério, quase nenhuma, as que eu faço para mim mesma, que faço para amigos, amores.
Tem promessas que a melhor coisa que acontece na sua vida é não cumpri-las, por exemplo:

- Nunca vou comer essa comida. (Imagina minha vida sem sushi? )
- Nunca mais vou mudar meu cabelo. (Do preto azulado ao vermelho muito escuro em apenas 8 meses!)
- Vou te amar para sempre. (Não dá para escolher apenas um comentário sarcástico aqui...)
- Nunca mais vou amar. (Ahan, senta lá Cláudia!)

Essas questões bobas, que quase todo mundo promete, são o de menos, eu descumpro promessas importantes...

- Não vou me importar com o que pensam de mim.
Todos os dias eu digo a alguém que não importa o que outras pessoas pensam da gente, mas eu, que vivo me prometendo não ligar mais para isso, me pego muitas vezes me importando com cada vírgula. A última foi andarem falando do meu corpo, que eu juro que amo, e me classificarem em algum padrão escroto como "zuada", que p#$%@ é essa? Não sei qual foi a parte mais ridícula, um pensamento tão antiquado, ou eu perder metade da festa chateada no whatsapp. (Tenho amigos longe de mim :/)

- Vou dar tempo ao tempo.
Quem me vir falando isso pode ficar de olho em mim, eu vou fazer alguma merda, eu não sei esperar, eu quero aprender, mas não, nem de longe, eu dou conta de fazer isso atualmente. Deve ser por isso que eu não aprendo a cozinhar, se eu não surtar querendo comer o negócio logo eu vou esquecer e vai queimar tudo. Mais impaciente que criança em shopping eu costumo querer tudo agora ou antes, sim, com isso eu só me ferro.

-Eu vou pensar mais em mim.
Não dou conta de fazer isso também, posso estar com a corda no pescoço, posso estar diante da maior e melhor oportunidade da minha vida, eu posso esquecer tudo isso para fazer algo por alguém, e pode ser algo muito menos importante. Eu não sei se tenho síndrome de super herói, se quero atenção ou demonstrar minha incrível destreza em resolver qualquer problema, mas eu devia começar a aplicar isso mais na minha vida que na dos outros, mas às vezes parece que todo mundo faz tudo errado e só eu posso arrumar as coisas, falta modéstia aqui também...

Eu também não cumpro promessas de vou te ligar, vamos sair, por o papo em dia, levantar cedo, me manter no meu esporte, fazer aquela viagem...


EU FINJO QUE APRENDI LIÇÕES!

Então né...
Sobre o monte de conselhos que eu dou, sobre as coisas sensatas que eu digo como quem já viveu muito, a verdade verdadeira é que eu sou uma maldita sabe tudo, e eu sou muito inteligente, avalio coisas que nunca vivi, dou conselhos incríveis que nunca segui, pra chegar a resultados que eu nunca cheguei, e o pior é que tudo que eu falo ajuda muito quem me ouve, vou começar a mandar conselhos para mim mesma, mas não vou prometer isso senão eu não cumpro.

De todas as lições que eu nunca aprendi de verdade, algumas me pesam mais...

- Vamos falar sobre amor...
Cara...ca, eu perdi a conta de quantos conselhos sobre amor eu já dei, até quando eu nem acreditava nele, até para a pessoa que eu amava e amava outra pessoa. Mas jesus, como eu não sei lidar com isso! Eu falo de amor com a simplicidade que eu queria senti-lo, aconselho os corações mais perdidos, olha que fofo, mas me deixa lidar com um sentimento meu, está relacionado com não saber dar tempo ao tempo eu acho.

- Ninguém vai realizar seus sonhos por você.
Passei os últimos 5 anos vendo meu sonho se afastar, agora que deixei tudo para segui-lo estou meio perdida, mudo os planos a toda hora, espero oportunidades melhores, quando eu diria a todos, se agarra na primeira oportunidade e vai de para a próxima, quando a  gente sonha por tempo demais fica com medo de descobrir que nosso sonho realmente não vai se realizar, sem a desculpa de estar se estabilizando e acabou não dando tempo, você precisa ser um fucking exemplo. Nem sempre a gente lembra que o "não" a gente já tem...

- A vida é muito curta para qualquer zona de conforto!
Esse tem sido meu lema desse ano, e não foi uma lição que não aprendi, foi uma a qual me propus.
Eu me apego muito ao passado ou ao futuro, constantemente estou nostálgica ou apegada a um plano futuro. É um vício meu viver sonhando, deixar muinha mente fluir, e às vezes ela vai longe demais.
Me disseram ontem o quanto eu falo que tenho quase trinta anos, e não estou vivendo meus vinte e sete, me dou conta que aos 30 vou sentir falta de agora.
São minhas zonas de conforto, fugir da realidade, e eu faço isso com muita eficiência.

Tudo isso me leva a um pensamento simples, tempo não traz sabedoria nenhuma, com 27 não sei muito mais que aos 15.
Viajar, ler, conversar com pessoas, pessoalmente, por os pés fora de casa pelo menos uma vez ao dia, essas coisas trazem sabedoria, daquelas simples.
Passei tempo demais tirando conclusões sobre coisas que nem me diziam respeito, deixei de ter experiências que realmente me ensinariam as lições que eu queria aprender, usaria para mim os conselhos que eu dou.
Tempo é igual dinheiro, igualzinho, se você tem muito não sabe quanto vale.

Começando a contar apenas com os segundos de cada dia.


E agora as promessas de fim de ano...
Chega de promessas.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E então você criou coragem e saiu da zona de conforto, e agora?

Sem postar desde setembro, isso porque escrever sempre foi minha válvula de escape, e por pura falta de foco.

 Lembro que no meu primeiro namoro eu comprei um daqueles diários de criança, com um fecho de senha, mas de plástico, eu escrevia tudo que me apavorava naquele relacionamento que era tão diferente de tudo que eu já tinha vivido, até então eu era uma garota evangélica que acreditava que "ficar" era um pecado. Eu escrevia durante a noite, e de manhã, no ônibus para o colégio meu ex, que já sabia a senha, lia até mesmo as coisas ruins sobre ele, essa foi talvez a coisa mais legal entre a gente, mas esse não é um paragrafo sobre meu primeiro namoro, é sobre eu me sentir realmente aliviada quando escrevo.

Eu pretendia fazer um resumão desses meses sem escrever, mas muita coisa aconteceu, mudei meus planos umas 15 vezes e nem tudo teve seu desfecho ainda. Não é preguiça de colocar vocês a par, é não saber como fazer isso.

Então esse post é sobre nada?

Não sou tão louca assim, esse post é sobre o acontecimento do ano, dos últimos cinco anos, e sobre algumas descobertas sobre mim mesma.

E então você criou coragem e saiu da zona de conforto, e agora?


Ficou ó, uma bosta!
Mas vamos ao que interessa, eu fiz! Eu finalmente decidi sair da faculdade, aquela que falta muito pouco, aquela que só faltavam seis meses, agora falta um ano inteiro, e está eternamente quase acabando.

Se eu fiquei louca?
Completamente, eu perdi as contas das vezes em que me peguei pirando com a ideia de, algum dia, me dar bem na área e nunca mais sair em busca dos meus sonhos impossíveis. A verdade é que você não vai arrumar um jeito de fazer o que você ama depois que se estabilizar, você vai ter uma desculpa para não criar essa maldita coragem.
Sim meus amigos que estão lendo isso agora e sabem que quase anotei seus nominhos aqui, sair da zona de conforto é não estar seguro, não ter certeza, nem por um minuto, e meter o loco.


Agora tu se sente livre né?
Aquela sensação de estar pronta pra qualquer coisa?
Aquela certeza de ter feito a escolha certa?
Nem um pouco baby, tá bom, algumas vezes, por uns 15 minutos, dá essa satisfação, aquele "cara, sou muito foda".
 Mas a verdadeira sensação que predomina nos dias que se seguem é aquela de "primeiro dia de aula", quando você não sabe de nada, não conhece ninguém, e espera sofrer bulling até dos professores.
Deve ser a mesma sensação de quando você está formado e te perguntam em que você vai trabalhar, mas eu acredito que nunca poderei comparar.
Sair da zona de conforto é uma bosta, eu sou universitária há 7 ANOS, bom, era, tô acostumando e ainda pago meia no cinema, eu sai de outras 2 faculdades e quase que automaticamente entrando na próxima, mas agora simplesmente acabou essa vida, esse status, não tinha entendido bem que eu não era apenas graduanda em Química, aquele realmente era o meu mundo, os grupos que eu entrei, a rotina que eu tinha, a forma como as pessoas me tratavam e como eu as tratava, aquilo me representava.
E agora nem tenho mais em que sentir vontade de jogar uma bomba.
Brincadeiras toscas a parte, isso marca o fim da minha rebeldia sem causa, a minha marca registrada, justificativa para o mau humor, o desânimo, como disse minha mão, agora não tenho mais motivo para querer ficar sozinha no meu quarto, vai entender essa lógica.

Falando em mãe, querem saber como ela reagiu?
Ela ficou puta, ela ficou muito puta, achei que eu ia apanhar com 27 anos, respirei fundo e não recuei, mas tem uma coisa nas mães que a raiva some tão rápido quanto ela se formou, minha mãe me ama, ela tá muito irritada, mas ela não me odeia, mas toda vez que ela lembra eu vejo sair uma fumacinha da cabeça dela.

Meu pai?
Também ficou muito chateado, me ligou e me disse coisas lindas para um pai, que quer me ver bem, segura, estável, com futuro certo, me doeu um pouco ter que dizer a ele que eu não quero nada disso, que nunca quis, eu sempre quis aventura, aos seis anos eu coloquei todas as minhas roupas em sacolas de supermercado e guardei por semanas no meu guarda roupas, minha vida era ótima, como agora, mas eu sempre quis esse desconhecido.

As pessoas vão reagindo de formas diferentes, e isso muda minha perspectiva a todo momento.

Pouco tempo atras uma tragédia levou um amigo desse mundo, e assim como ele, não tenho a perspectiva de que haja outro além desse, assim que a minha dor e saudade foram muito fortes e sempre serão, mas a minha compreensão sobre ter um propósito na vida que levo também foi fortificada.

Claro como água: se não há qualquer prova de um outro mundo, de uma outra chance para fazer o seu melhor, para ver dias mais felizes, justiça para todas as pessoas, se não é possível ter certeza que um dia todos estaremos no mesmo estado de graça, essa é a única vida que temos para fazer o nosso melhor em tudo, para buscar mais justiça, ainda que ela nunca tenha nos faltado, eu só conheço esse mundo e acho que ele precisa mudar muito, como não trabalhar por isso todos os dias da minha vida?
Eu não ia fazer muito para mudar o mundo com a Química, eu provavelmente não iria fazer nada, eu seria uma eterna rebelde sem causa, lamentando todos os dias nunca ter feito o que eu queria fazer, acusando o mundo de ter feito com que eu me conformasse, e esse mundo que eu devia estar mudando e melhorando seria meu grande inimigo.

Não, obrigada, a única rebeldia que combina comigo agora é essa de tomar o volante da minha vida, e não saber ao certo como guiá-la, derrubar algumas placas de advertência, lembrar que combustível não sofre geração espontânea dentro do motor, eu vou ter que colocar mais, muitas vezes.

Essa analogia eu criei por conta da música que embalou meu momento de decisão:



Sou muito musical, mas eu não fico irritando as pessoas com isso nas redes sociais hahaha.

O que vem agora?
Parece que vem todo o resto...
Um possível emprego vem surgindo, juntar grana por um tempo (não estou sendo hipócrita, mas sim, é preciso um pouco de dinheiro, aceitemos), finalmente sair do país um tempo, ou muito tempo, venho planejando uma dessas voltas ao mundo, a minha vida agora é uma incrível folha em branco, onde vou escrever tudo do zero, do meu jeito, minha própria história, e se ficar uma porcaria, é minha porcaria!

Que eu possa estudar cinema como eu desejo com tanta força.
Que eu pare de enganar nos idiomas e os estude de verdade.
Que eu pare de julgar as pessoas.
Que eu viaje o mundo.
Que eu mude seja a tal mudança que eu quero ver no mundo.

A vida é curta demais para qualquer zona de conforto.


Imagens retiradas do site weheartit.com
Vídeo: youtube.com
Banda Incubus

sábado, 20 de setembro de 2014

Sobre o que a sua procrastinação tem a dizer sobre você!


Procrastinação é uma arte, das milenares, sem a procrastinação não teríamos as ciências e tecnologias de hoje, muitas formas de descobertas e produções criativas são proveniente dessa arte de não se fazer o que tem que ser feito no tempo hábil!


O post de hoje, que era pra ser o post de ontem, que era pra ser o post de dois meses atrás, não é só uma reflexão sobre deixar tudo pra última hora, ele é, também, fruto dessa arte, que para muitos é um modo de vida, e isso me inclui.

Bom, da mesma forma que alguns processos, como o criativo, a tomada de decisões e etc., se beneficiam muito de uma mente relaxada e despreocupada, outros processos, como o organizacional, colocar decisões tomadas em práticas, e, novamente, etc., pedem mentes ativas e focadas na execução de cada processo.

Como conciliar os dois e se beneficiar de um, digamos, Sistema de Gerenciamento Integrado?

Confesso que esse monte de palavras que parecem saídas de uma reunião de negócios e que não costuma fazer parte do meu linguajar cotidiano é fruto de uma semana de estudos pra encerrar um semestre alucinante, para entender o que passou nos últimos tempos aguarde o próximo post, espero que em poucas horas!

Quando comecei a escrever esse post meses atrás eu acreditava que sabia o que fazer pra usar a procrastinação a meu favor, a verdade é que grande parte dela é preguiça, que eu acumulei ao logo de muitos projetos inacabados, vício em gadgets e tecnologias, e todo tipo de informação acumulada, útil ou não. Assim sendo, toda vez que eu escapei por pouco de ser arrastada pelo hábito de deixar pra depois, não foi mérito meu, mas sim, muito provavelmente de uma condição comum, de reagir extremamente bem a pressão, não estou me vangloriando, como eu disse, a condição é extremamente comum.

Acho que eu desenvolvi essa "coisa", não vamos chamar de habilidade, por um pouco de orgulho, de sentir que fiz algo que parecia que não podia ser feito, é claro que isso tem muito a ver com a falta de interesse no meu curso de graduação, com a mente perdida nas ideias e projetos do que eu realmente quero fazer, mas o fato é que eu me sinto orgulhosa quando eu consigo essas façanhas, mas isso não muda o fato de que com mais empenho eu teria feito algo muito superior.

Peguei uma foto na internet que abriu meus olhos sobre onde eu poderia chegar com esse meu devaneio sobre fazer qualquer coisa menos o que devia estar fazendo:



O trabalho que você faz enquanto procrastina é provavelmente o trabalho que você deveria fazer pelo resto da sua vida.



Em caso de dúvida passe o mouse sobre a imagem.

A verdade é que se você se interessa por qualquer outra coisa, menos pelo que devia estar fazendo, você está no caminho errado, seja no emprego errado, no relacionamento errado, na carreira errada, mas também na maneira como você encara e realiza essas coisas, quem disse que em vez de jogar tudo pro alto você não pode revolucionar o que todo mundo espera que seja feito sempre da mesma forma, acredito que isso é evolução. Há casos em que realmente se trata de uma pessoa fazendo a coisa errada, de todas as maneiras erradas possíveis, como o meu, isso pode requerer mudanças drásticas, ou aquelas cortadas de caminho mirabolantes, onde você inventa formas revolucionárias de se fazer uma coisa, pois deseja criar o espaço e a oportunidade de fazer o que deseja de verdade.

Quem consegue isso, revolucionar, reinventar, aprender a gostar do que faz, acaba não precisando adquirir aquele super senso de organização, de planos elaborados, afinal, esse post é sobre pessoas que não tem esse dom, concordam?
Quem se encontra satisfeito, faz do seu tempo livre sua maior ferramenta de trabalho, depois de passar por uma luta realmente difícil com a preguiça e a insatisfação, com toda certeza venceu aquela premissa do "Você precisa por os pés no chão e organizar a sua vida!", porque, vamos convir, nem sempre precisa.
Imagens retiradas do site weheartit.com
A imagem mencionada no post possui o nome do artista nela, nunca lembrarei de onde eu tirei


No próximo post novidades incríveis!

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Sobre despedidas, planejamento e pesquisas! Don't be a hero!

Acho que eu tenho dom pra abandonar meus projetos, por mais que eu tenha amor por eles, um defeito que eu ainda não consegui corrigir.  Mas isso não é mais uma opção,  ou eu mudo, ou desisto dos meus planos de viajar e viver coisas novas, e isso não vai acontecer! Resumo do meu semestre: Conheci muitos estrangeiros, a maioria da América Latina, alguns europeus,  árabes,  mas eu vou me fixar nos mais próximos à mim. Fizemos muitas festas, aprendi algumas danças, falei muito espanhol e um pouco de inglês. Consegui permissão dessas coisas lindas pra falar sobre eles aqui, em breve farei alguns posts falando das coisas mais legais que aprendi com cada um. O primeiro vai ser de uma colombiana, que fala português melhor que a maioria dos brasileiros que eu conheço,  e ela ainda fala sem sotaque nenhum, sinceramente todo mundo duvida quando ela fala que não é brasileira.  Hahahahahahahahahah Muitos deles já voltaram pra casa, e despedida é uma coisa cruel, coisa que eu aprendi da pior forma, na minha primeira, que eu não vejo a hora de ser reencontro. Nesse tempo eu também fiz várias pesquisas, planos e LISTAS!
Atualizando os planos:

Quando terminar a faculdade, no meio do ano que vem, não terei dinheiro pra fazer a viagem que quero, rumo ao meu futuro país,  visitando meus amigos pela América do Sul,  e chegando lá com um dinheirinho pra começar com mais tranquilidade,  assim, com muita sensatez,  um aperto muito forte no coração e sufocando essa ansiedade que me define, resolvo trabalhar até o fim do ano, e então,  embarcarem na minha primeira grande aventura! Não foi fácil decidir isso, mas como eu me prometi decidir as  coisas com um pouco mais de egoísmo,  pensando no melhor pra mim, foi a melhor escolha. Estou avaliando a possibilidade de viajar de uma forma ainda mais aventureira,  mas isso fica pra uma próxima postagem. E talvez eu não viaje sozinha. 
Pesquisas: Bom, acho que o básico pra se fazer uma grande aventura sem se meter numa grande enrascada é não ser inocente nem arrogante,  afinal, como manda minha regra favorita pra sobreviver à um apocalíptico; "Não banque o herói!" (Muitas pesquisas, algumas palestras, conversas com pessoas que já viajaram muito, lendo muitos blogspot,  principalmente sobre as coisas que deram errado, cheguei a conclusão de que nunca estarei 100 por cento pronta pra metade das coisas que eu quero fazer, mas eu quero me preparar pro básico,  e principalmente, pra não passar apuros realmente perigosos, quanto ao resto, que venha o perrengue!  Zumbilandia).

Bom, quanto às listas, eu fiz tantas, que dedicarei uma postagem só pra elas, ou postagens para cada lista, vou reavaliar todas elas.
Uma coisa que eu aprendi conhecendo tanta gente de fora, é que a gente sempre imagina como é cada país,  como é a comida, a vida noturna, mas nem sempre nos perguntamos como as pessoas se relacionam nesses lugares, como são as amizades, os amores, a vida cotidiana. Aprendemos idiomas, história, mas eu quero fazer parte disso, não quero ser turista no mundo,  quero ser Cidadã dele todinho!

terça-feira, 8 de abril de 2014

Senti saudade, novidades e vivendo o intercâmbio dos outros!

MAIS DE DOIS MESES SEM ESCREVER!!!!!

Eu não sei se foi descaso, preguiça, correria, ou momentos de total apatia na minha vida, mas eu sinto muito!

Cheguei a algumas conclusões sobre tudo que eu quero fazer e como eu estava lidando com isso, e não foram as melhores...
Eu me dei conta que fazer planos estava me bloqueando, me desligando do agora, dos amigos que estão aqui, das experiências que posso viver antes das experiências que eu quero viver, simplesmente a melhor parte da vida, aquela que a gente não pode programar...

Muitas coisa aconteceram!
As mais importantes:


1º Um grupo se formou, um grupo muito misto, de muitas nacionalidades, em constante expansão, sim, não importa de onde vem, pode chegar e se sentir em casa! São colombianos, paraguaios, chilenos, argentinos, venezuelanos, franceses e brasileiros.
Nos juntamos pra trocar experiências, contar um pouco de cada país, e com isso eu descobri que meu "desbravar o mundo" começou aqui, em Rio Preto, treinando meu espanhol, sabendo coisas de tantos lugares, que nem imaginava que iam me encantar tanto, vou falar muito disso aqui, pedirei a essas pessoas que me permitam falar delas, do que me contam sobre seus países, para que quem queira se impressione tanto quanto eu!
É o mundo na palma da minha mão!


OBS.: Amamos 'bailar'!

2º Comecei a me dar conta das coisas que mais me farão falta quando sair do Brasil, os sons, os sabores, os lugares, os amigos, as lembranças, a família, meus gatos, meu cachorro, a a facilidade de viver num lugar que eu já "tiro de letra".
Não que eu não tivesse essa visão quando tomei a decisão de encarar o mundo, mas é fato que você nunca tem uma visão completa até viver a experiência, e estar com essas pessoas, passando pelo que eu tanto quero passar, de dá uma visão mais ampla, quando eles compartilham comigo o que pesa pra eles, que tira o sono, que agonia as vezes, nessas horas, a gente se toca, nada é um mar de rosas, nem a maior e melhor experiência da sua vida, nem a realização do seu maior sonho...

3º Descobri que eu sou latina, não latina porque o Brasil foi colonizado por Portugal, não latina pela língua, latina pelo sangue, no jeito de encarar as coisas, em como reajo quando o sangue ferve, latina no 'bailar', o Brasil é latino, mas eu sempre me senti meio sem latinidade, e isso não é coisa da minha cabeça cheia de neuras não, muitos na faculdade chamam os estrangeiros latinos de latinos, já vi separação: "lá tinha brasileiros e latinos"...
Já comentamos tanto isso no nosso grupo, já discutimos isso em espanhol, em português, percebemos uma interação muito maior entre os países hispano americanos que o Brasil não desenvolve na América Latina, e não, Mercosul não não é a maior interação que pode haver nesse continente, falo de gente, de pessoas, de cultura, o Brasil se isola e muitas vezes culpa um obstáculo mais que ridículo, a língua!

Brasil, mostra tua cara...



4º Tenho que apresentar meu projeto de TCC em menos de um mês!




Vou tentar mesmo postar com mais frequência, ando super atolada, mas eu vou dar um jeito, já que eu passo muitas horas na frente do computador, nem que tenha que postar do polo de informática da faculdade!

Por agora é isso, vou pedir aos membros do grupo que me permitam falar sobre eles, não só estrangeiros, conheço brasileiros interessantíssimos! Aguardem!! Imagens retiradas do site weheartit.com




sábado, 1 de fevereiro de 2014

Não Cabe na Mala...



Essa semana eu consegui conversar com um amigo que está fazendo intercâmbio no Canadá, e com o qual sempre tive conversas incríveis. É o tipo de amigo com quem você desvenda alguns mistérios da vida, sem brincadeira nenhuma, o tipo de pessoa que ajuda você a questionar os pontos certos, eu tenho muita sorte de ter ele como amigo.
Ele faz tanta diferença que as vezes eu mesma me pergunto:
"O que o Sun me ajudaria a perceber nesse momento?"

Mas esse não é um post sobre o que ele tenha feito por mim, mas, sobre o que eu consegui perceber sozinha e tive muito orgulho de contar pra ele nessa conversa!

A questão é muito simples:
Sair de casa, seja pra morar em outro país, outro estado, cidade, ou até na esquina da casa dos seus pais é uma mudança gigantesca na sua vida, e a forma como você vai administrar isso antes, durante e depois, define o seu grau de maturidade e preparo.
Parece óbvio, e é.

Mesmo assim tem muita coisa pra se pensar a respeito.

A questão da vez é: Qual a sua bagagem? A minha, no caso.

E você já sabe que não estou falando de roupas e calçados.

Resolvi, que pra sair de casa, eu vou antes fazer as pazes comigo mesma... E me livrar das coisas que não cabem na mala:




Brigas:

Durante a vida a gente se desentende com outras pessoas, a gente deixa de se falar, e as vezes, com o pior clima possível, acontece, as pessoas podem não dar certo, dizer coisas que não querem, ou que querem, cada um é livre pra falar, mas na minha cabeça, na minha vida nova, eu vou entrar sem nenhum ponto sem nó, vou pedir desculpas pras pessoas que eu devo, mesmo que elas não queriam e não estejam nem aí pras minhas desculpas, eu estou fazendo as pazes comigo, se elas vão fazer também não sou eu quem decido.

Dependência:
Se você for morar na esquina da casa dos seus pais, mas eles pagam as contas se você se atolar, eles levam seu carro no mecânico, fazem as compras pra você ou te lembram constantemente que a louça não se lava sozinha, você não saiu de casa, só se mudou pra um quarto mais afastado, e isso vale mesmo se você estiver do outro lado do mundo, tem gente que consegue! Eu quero aprender a me virar, não sei cozinhar, nem lavar roupa, não estou acostumada a pagar minhas contas e sou péssima pra acordar sozinha, até pra ser acordada. Mas isso tem que mudar e vai!


Insegurança:
Aquele seu desespero pra se arrumar, de não conseguir escolher uma roupa e achar que todas estão horríveis, não rola mais, se você se atrasar pro trabalho ou pra sua carona não tem mais mamãe e papai pra te levar de carro, te dar dinheiro pra taxi, ligar e dizer que você está se sentindo mal e vai atrasar. Aquele seu ciúme com o namorado, amigos, coisas, também não cabe, se você fica achando que vai perder tudo, uma hora você perde mesmo, e nem precisa querer sair de casa pra aprender isso.


Ansiedade:
Querer ver tudo pronto antes mesmo de começar a fazer, atropelar as etapas, é o caminho mais rápido pro fracasso, sair de casa sem dinheiro, sem estabilidade, sem se livrar dessas coisas que não cabem na mala, é pedir pra voltar com o rabo entre as pernas, a cara de trouxa e provavelmente muitas lições de moral.


Antes de escolher a casa onde eu vou morar, o bairro, como decorar a minha sala, eu vou cuidar das coisas que vão me trazer os maiores problemas, e não tem perrengue que não seja resolvido com um pouco de calma e confiança, não tem dia ruim que supere estar em paz consigo mesmo...


Não carregarei peso morto pra lugar nenhum.